A
BAILARINA
A bailarina
Numa bolha de
ilusão
Dança sem
platéia
O descompasso da
fuga
O descortinar da
vida
O medo da
estréia
São empecilhos
maiores
Do Q o nó
Das sapatilhas
Q se desatam na
vaia vazia
Da sala vazia
Quando não se
dança a vera coreografia
Nos gestos
desritimados
Na ânsia
desesperada
No desacordo com
o maestro
A bailarina
Hesitando o
salto
Chora na coxia
E apesar do
esforço da produção
A astúcia do
empresário
A benevolência
da crítica
Com mágoa dos
espectadores
Com imposições à
orquestra
Com restrições
sutis
À ordem do programa
Resoluta
Em sua torre de
marfim
A bailarina
Numa bolha de
ilusão
Dança sem
platéia.
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