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Sentado aqui na em meio a floresta amazônica
Na América do Sul, sinto sob minhas unhas,
Em cada dente,
Dentro de cada veia
A profundidade do azul.
A maturidade que o tempo inexoravelmente traz
Embala meus sonhos
Não mais sonhos vãos feitos de ego
Não vãos cegos das fendas obscuras da cidade
Luz da realidade
Veloz
cidade
do espírito que me mora
Suave carícia da consciência Q me namora
Aroma fugás das eras do mar imenso da memória
Q amor
tece
a dor de dantes
suprime o rímel lacrimejante
dos olhos viajantes
de rimas
risos
rios
de vento e poemas.
Havemos de ser mais do que palavras
E pensamentos
Silêncios e lamentos
Vozes d’alma
Fina calma
Da flor Q brota
Da lama
Amá-la é amalgamá-la
além do bem e do mal.
Lavá-la em lívida cal
Limpando o
caos.
Os olhos acesos nos gritos lancinantes do medo
São infames ritos
Dos aflitos.
Vê-los aquece o sol do desvelo em seu giro
Limpando o vírus
Q miro
mero
mito
Q viro
E varo
Como tetos de
vidro.
A calma da tarde repousa suave
A nave Q parte renova silente
Ave Q voa retorna sonora
A Vida se vive vibrante e tranquila.
Alex Sakai
13022021
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